sexta-feira, 22 de maio de 2009

A NECESSIDADE DA DESPEDIDA

Fico curioso quando vejo um grupo de amigos no saguão de embarque do aeroporto. Tento perceber quem é que vai viajar. Pela seqüência dos abraços vou descobrindo quem fica e quem vai. Todos estão ali, certificando-se de que quem partiu não precisa mais de sua presença física, apenas da atenção através de outros meios de comunicação.

A despedida é importante porque define as novas condições da comunicação, do convívio e até do tempo em compromisso. A despedida de quem viaja ou morre é importante para a saúde mental dos que ficam. O desaparecimento deixa lacunas relacionais na vida dos que ficaram. O desaparecimento deixa lacunas e ferimentos afetivos.

Depois das despedidas estamos como que livres para decidir permanecer fiel a lembrança e promessas ou esquecer sem dor ou remorso. Podemos esperar a volta de quem viajou, mas não de quem morreu!

Ao despedir-se dos seus discípulos depois de 40 dias de convivência ressurreta a subida de Jesus aos céus foi visível, não tratou-se de um mero desaparecimento. Cada um dos discípulos presentes viram-no subindo. Esta despedida gloriosa deu reforço a tarefa que Jesus havia dado a todos: “Ide, fazei discípulos entre todos os povos ensinando-os a guardar tudo o que vos ensinei” (Mateus 28).

Então, sem a presença física de Jesus chegou a hora da verdade. Esqueceriam Dele? Não, “... voltaram para Jerusalém com grande alegria. E permaneciam constantemente no templo, louvando a Deus até que do alto recebessem o poder para a tarefa” (Lucas 24:52-53). Este foi o resultado da Ascensão de Jesus festejado pelos cristãos.

O discípulo não fica pesquisando o céu para encontrá-lo. Não apenas nós, mas toda a terra o verá chegando exatamente como foi, quando Ele voltar. Esta é a certeza que marca o coração de cada discípulo de Jesus.

A ascensão de Jesus marca uma despedida com esperança e promessa de volta. Agora vivemos, trabalhamos aguardando sua vida a qualquer momento em alegre expectativa. Você já tem esta certeza? Ela fará bem ao seu coração, à sua fé e ao seu trabalho no Senhor, não a despreze.

Fonte: www.umbet.org.br

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